quinta-feira, 28 de outubro de 2010 | By: Isis Pimentel, 9° Turma:A

Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade; mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!

William Shakespeare.



Algumas partes do ATO III - Cena I



TEOBALDO — O ódio, Romeu, que me despertas, sabe dizer-te apenas isto: és um vilão.
ROMEU — A razão de te amar, que eu tenho agora, Teobaldo, escusa à saciedade a raiva de uma tal saudação. Não sou o que dizes. Adeus; bem vejo que não me conheces.
TEOBALDO — Isso, rapaz, não basta como escusa para quantas injúrias me tens feito. Faze, pois, meia-volta e arranca a espada.
ROMEU — Protesto que jamais te fiz injúria. Tenho-te mais amor do que imaginas, até que saibas o motivo disso. Assim, bom Capuleto – oh nome caro! Tão caro quanto o meu – fica contente.
ROMEU — Este fidalgo, próximo parente do príncipe, sincero amigo meu, por mim, tão-só, ferido foi de morte. Minha reputação está manchada com o insulto de Teobaldo, esse Teobaldo que meu parente foi durante uma hora. Doce Julieta! Tua formosura fez de mim um maricas; a coragem do aço se abranda e verga no meu peito.
(Volta Benvólio.)
BENVÓLIO — Romeu, Romeu, o bom Mercúcio é morto! Foi para as nuvens esse bravo espírito que desprezou tão cedo o pó terreno.
ROMEU — Hoje o fado somente dá o rebate para que o tempo as dores arremate.
(Volta Teobaldo.)
BENVÓLIO — O furioso Teobaldo está de volta.
ROMEU — Vivo! Em triunfo! E morto o bom Mercúcio? Vai para o céu, brandura respeitosa! Fúria de olhar de fogo sê meu guia! Teobaldo, ora recebe de retorno o "vilão" que me deste não faz muito, pois a alma de Mercúcio ainda se encontra perto de nossas fontes, aguardando que a tua vá fazer-lhe companhia. Um de nós dois terá, pois, de ir com ele.
TEOBALDO — Pobre rapaz, que estavas de seu lado, és tu que vais partir.
ROMEU — Pois decidamos.
(Batem-se; Teobaldo cai.)
BENVÓLIO — Romeu foge depressa! Os cidadãos se amotinaram. Morto está Tebaldo. Não fiques aturdido, pois o príncipe vai condenar-te à morte, se encontrado fores aqui. Despacha-te depressa!
ROMEU — Sou o bobo da fortuna.
BENVÓLIO — Foge! Ora essa!
(Sai Romeu.)
BENVÓLIO — Teobaldo, que Romeu deixou sem vida; Romeu, que lhe falou com termos brandos, com ele instando para que pensasse na ausência de motivo da querela, tendo invocado, até, vosso desgosto, tudo isso com voz doce, olhar tranqüilo e ademais corteses, sem que tréguas conseguissem alcançar da grande cólera do furioso Teobaldo, que com aço pontiagudo visava uma e mais vezes o peito de Mercúcio valoroso. Este, só chamas, ponta opõe a ponta; com desprezo marcial, a fria morte faz afastar com uma das mãos, ao tempo em que com a outra a devolvia célere ao peito de Teobaldo que, habilmente, de retorno lha enviava. Em altas vozes Romeu gritava: "Amigos, separai-vos!" E mais rápido, ainda, que sua língua, seu ágil braço desviava as pontas, entre ambos se interpondo. Mas por baixo do braço dele um golpe malfadado de Teobaldo a existência atinge em cheio do valente Mercúcio. Então Teobaldo se põe em fuga, mas retorna logo para Romeu, que, nesse instante, havia concebido a vingança. Mais velozes que o raio se engalfinham e, assim, antes de eu poder separá-los, cai sem vida o valente Teobaldo, a cuja vista Romeu fugiu. Se nisto houver maldade, vivo Benvólio prosseguir não há de.



Uma grande reflexão:

A Terra é um planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre 100 bilhões de estrelas que compõem uma galáxia, que é uma entre outras 200 bilhões de galáxias num dos universos possíveis e que vai desaparecer. Veja como nós somos importantes...

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